1. |
xique xique do zimbabwe
02:38
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vira pra sambar no coco
e na umbigada intéra pro seu balancê
é povo que chega
tanjendo, vingado
na benção do amparo
"garrado" no giro
da fome subindo
danada de ligeiro
e a vista ardendo
velando o sustento
tijolo de arrimo
"marrado" no esforço
pra riba do coco
que sobe a solêra com toda mulestia
tanjendo as idéias
pro céu prometido da nossa quimera
eita... ...avuou
vai ungido, vingado, sambado ligeiro
com a gota serena
e vem Teixeira, Imaculada, Maturéia,
Piancó, Areia, Serra, Esperança, Dona Inês,
Malta, Monteiro, Mataraca, Monte Horebe,
Princesa, São Mamede, Cabaceiras, São Miguel,
Caja, Coremas, Caiçara, Cuitegi,
São Bento, Sabugi, Dos Garrotes, Mulungu,
Varzea, Aroeira, Soledade, Livramento,
Pilar, Cacimba de Dentro, que essa terra arrudiou...
...eita... ...avuou
vai ungido, vingado, sambado ligeiro
com a gota serena
louvado seja esse nosso senhor
que benze a terra pra chuva florecer
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2. |
cordel
03:35
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se criança não fosse abandono
se silêncio não fosse censura
se cidade não fosse fome
se rua fosse endereço
se escola fosse construção
se estado fosse compromisso
se verdade fosse documento
se justiça fosse razão
se vida não fosse dinheiro
se nascer fosse necessidade
se desejo não fosse culpa
se vontade fosse exemplo
se terra fosse para todos
se trabalho fosse respeito
se dignidade fosse não morrer de fome
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3. |
coco de caligrafia
03:02
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ói menino andando na beira do rio
foi buscar carangueijo pra vender
pega a corda ligeiro e carrega pra feira
arruma um lugar pra pendurar
lá pra beira do amparo
diante de Deus
a rua escreveu seu livro
e a escola não pode ensinar
porquê?
disparada
vê... ...vê a poeira avuou
vai sambada de giro, de coco virado
na bença do amparo, diante de Deus
e da janela acenava a padroeira
do alto da ribanceira
contemplando a miséria redigida nesse coco
que bate rente no amparo desse encontro
e vende cordel no ponto de cem réis pode ir vê
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4. |
ladeira
03:41
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hoje é sol de domingo
tem roda de ciranda no meio da praça
tem canto de ladeira passando lá no largo da igreja
e que eu vou ficar
pra vê a cidade construindo na palma da mão
no batuque que desce solto
pra a ciranda, cirandá
quero vê a cidade cirandá, na roda de ciranda
pra roda vir cirandá
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5. |
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cê pensa que é livre meu irmão
não acredite em tudo o que te dão
é ilusão
tenha cuidado quando for atravessar a rua
olhe pro lado, pra não dar mole prum filhadaputa
é muito fácil, roubar, matar
mas não se engane
a mesma arma que disparas, também quer teu sangue
segura a onda pra não se fuder
não existe segunda chance pra quem vem da rua
a lei é ingrata, cega, surda
não tem pena de você
por isso eu digo meu irmão tome cuidado
não existe salvação pra quem tá jurado
a ser velado pela fome que não se esconde
tá condenado a morrer
então se liga meu irmão, presta atenção
no paradeiro do que eu digo
tome cuidado
quem tá na rua tem motivo
nasceu jurado, a vê o sangue na parede desenhado
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6. |
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7. |
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chama o dia pra nois vim Maria
e anuncia a vontade que impera nesse povo
quero vê na chegança
a poeira comendo no centro
são de livramento
é chão de arueira
e vontade que corre nas veias
é reza louvada de injuria de cabra
que só vê justiça
é chão de Zé Pereira
de são de amparo e chão benedito
meu sinhor lutar é o meu compromisso
chama o dia pra nois vim Maria
e anuncia a vontade que impera nesse povo
quero vê na chegança
a poeira comendo no centro
são de livramento
é chão de arueira
e na fala de são penitente
é rajada de gente montada de idéia pra vê benefício
chama o rei, chama o povo e desce pra rua
que essas diferenças é pra se resolver
chama o rei
chama o povo
e desce pra rua
que essas diferenças é pra se resolver
chama o dia pra nois vim Maria
e anuncia a vontade que impera nesse povo
quero vê na chegança
a poeira comendo no centro
são de livramento
é chão de arueira
que de chão é casa de frente
rajada de gente montada de idéia pra vê benefício
chama o rei, chama o povo e desce pra rua
que essas diferenças é pra se resolver
chama o rei
chama o povo
e desce pra rua
que essas diferenças é pra se resolver
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Paudedaremdoido PB, Brazil
é uma das bandas mais expressivas da Paraíba
palavriado popular, sonoridade áspera, psicodelia nordestina
dos anos 70 Lula Côrtes e Zé
Ramalho, Jaguaribe Carne, João Cabral de Melo Neto, Josué de Castro e Otacílio Batista.
Tentam manter sua música notória e necessária. de forma intuitiva a perpetuam o cancioneiro Nordestino.
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